..Análise
dos factores motivacionais do Universo global dos respondentes.. |
O gosto por um desporto
praticado em equipa é o factor motivacional destacado pelos jovens
hoquistas portugueses que acederam a participar nesta iniciativa e
responderam ao inquérito. Na verdade, trabalhar em grupo é o factor
motivacional a que os respondentes atribuíram maior número de pontos
(1253).
Em segundo lugar surge o conjunto de factores integrados num grupo
designado de “aprender e melhorar a técnica” com uma média de 1184
pontos. Dentro deste grupo estão os seguintes factores individualizados:
->
Atingir um nível desportivo mais elevado (que aparece em 3º lugar geral
com 1197 pontos)
-> Aprender novas técnicas (5º lugar com 1184 pontos)
->Melhorar as capacidades técnicas (7º com 1194 pontos)
De seguida aparece o conjunto de factores designados genericamente de
“gosto pela competição”, onde surgem os seguintes factores específicos:
->
Espírito ganhador (1194 pontos – 4º lugar)
-> Entrar em competição (1175 – 6º)
-> Ultrapassar desafios (1171 – 8º)
Acima dos 1.000 pontos surgem logo de seguida o conjunto de factores
integrados nos grandes grupos amizade e convívio (de que fazem parte os
factores específicos estar com os amigos, fazer novas amizades e
pertencer a um grupo) e manter a forma física (de que fazem parte os
factores específicos, fazer exercício para manter e melhorar a forma).
De referir que os factores a que os jovens dão globalmente menos relevo
são, por um lado os factores relacionados com atitudes de imodéstia (ter
fama e dar nas vistas, em que se incluem o “mostrar que é melhor que os
outros” ou “ter prestígio”) e por outro aos factores relacionados com
aspectos de recompensas materiais, nomeadamente a “motivação” (ou
melhor, a atracção) do dinheiro. Este aparece mesmo no 28º lugar, entre
31 factores colocados à apreciação.
Na senda de outros trabalhos no mesmo âmbito, confirma-se a
secundarização deste factor, também pelos jovens hoquistas, aliás em
sintonia com a teoria de Kohn A.
Refere o autor de “pay is not a motivator” que: “Na aplicação dos
sistemas de recompensas (extra) subestima-se demasiado a motivação
intrínseca. Normalmente uma pessoa ficará tanto mais satisfeita, quanto
mais dinheiro receber. Mas, qualquer incentivo, ou sistema, em que o
desempenho extraordinário seja pago, tem como consequência a diminuição
do entusiasmo das pessoas nesse trabalho. Uma pessoa motivada não
trabalha com o objectivo de receber essas importâncias (valores
materiais), mas sobretudo por gostar do que está a fazer. As recompensas
não criam um envolvimento duradouro, apenas alteram temporariamente o
que fazemos”.
É habitual distinguir-se dois tipos de recompensas:
• Intrínsecas: relacionadas com o prazer em desempenhar a
função/actividade/tarefa, prazer de vencer (desafio a que nos
submetemos) , adequação da sua conduta à sua consciência, etc.
• Extrínsecas: ordenado, prémios pontuais, promoções, outras recompensas
materiais, reconhecimento, (verbal ou escrito, de treinadores,
directores, colegas e público), etc.
No domínio das recompensas materiais surge, no presente estudo, em
primeiro lugar (16º geral) sorteios disciplina (a título de exemplo era
referida a possibilidade dos jovens contemplados acompanharem a selecção
num jogo. Mas haverá concerteza outras sugestões, na mesma ordem de
ideias, que pelos vistos são atractivas). Seguem-se as tradicionais
recompensas materiais simbólicas como as medalhas, as taças e as
utilitárias ofertas de equipamentos.
Carregue em cima da imagem para
ver maior..
|